quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Minha relação com o trabalho


Voltei das férias. Foram dua semanas. Eu queria que fossem dois meses!

Não sei porque detesto tanto trabalhar. Tenho um ótimo emprego (dos sonhos para a maioria), mas para mim É trabalho, entende? O que eu quero mesmo é ganhar na mega-sena e não ter mais que trabalhar!
Não sei como alguém pode ser feliz no emprego sabendo que existem milionários que simplesmente não precisam trabalhar e tem grana para gastar. Ok, trabalhamos porque não somos um desses milionários e precisamos garantir o pão nosso de cada dia. Mas nem por isso eu TENHA que gostar de trabalhar!
Gostaria de ter nascido em berço de ouro e trabalhar um mês na vida, só para saber como é, e depois curtir o resto da minha vida. Sonho besta? Pura fantasia? SIM! Claro que sim! Mas era isso que eu queria. Minha realidade é outra, por isso trabalho e me adaptei a minha realidade. Mas não gosto.
Não entendo workaholics e nem pessoas que simplesmente dizem amar o seu serviço. Elas amam ser um ratinho que gira a roda da indústria? Por que alguém gostaria disso?

Até entendo quem trabalha com artes. Ok! São sortudos que ganham dinheiro brincando. Cantar é prazer, tocar instrumentos musicais é hobbie, pintar é terapia comportamental, atuar é brincadeirinha de criança!
Também entendo os esportistas profissionais. Estão lá praticando os mesmo esportes que já praticavam antes de alguém pagá-los por isso!
Mas, e nós? Por que trabalhamos? Porque havia espaço nessa profissão que você exerce na sociedade em que você está inserido, e por isso você ocupou a vaga. E o motivo de você ter ido atrás dessa vaga foi porque você queria ganhar dinheiro. Só.
"Ahhh, Thaís, mas e as redes sociais que fazemos dentro do ambiente de trabalho? Tenho excelentes amigos por causa do meu trabalho!"
Ok! Mas eu também faço excelentes amigos no bar! E conheço pessoas super legais e interessantes durante viagens de férias. Sem falar na vizinhança, que rende amizades de infância!!! Pra que ter um trabalho para fazer amigos, se todas essas pessoas também têm vida social fora do trabalho? Elas existem depois do expediente!
"Mas Thaís, muitas pessoas ficam depressivas quando ficam em casa sem trabalhar!"
Ficam. Ficam mesmo. Porque ficam em casa sendo julgadas pela sociedade. Julgadas negativamente por não estarem trabalhando. E essas pessoas sabem disso.
Já outras pessoas já tinham tendências depressivas e POR ISSO não foram buscar emprego. A depressão já estava ali, esperando. Outras já tinham uma vida de merda mesmo e trabalhar ou não trabalhar não faria diferença nenhuma!
Mas garanto: se eu pudesse parar de trabalhar, mas continuasse com uma graninha para gastar (nem que fosse “mesada”), ninguém me veria com depressão! Eu teria muitas horas para ser feliz por aí!
"Mas Thaís, o trabalho é muito importante para a sociedade! Se ninguém trabalhasse não conseguiríamos nem sobreviver! Todos precisam trabalhar para manter nossa sociedade funcionando!"
Exato! E é por isso que trabalhamos. Não tem nada a ver com prazer, mas sim, obrigação.
"Mas o trabalho enobrece o homem!"
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Próximo!
"Thaís, eu tenho uma realização pessoal no que faço. Me sinto uma pessoa plena na minha profissão, pois posso fazer a diferença! Eu ajudo as pessoas, ajudo a sociedade e me sinto uma pessoa realizada por causa das minhas ações profissionais."
Legal! Vá fazer caridade. Quando você tem hora para cumprir e ganha dinheiro pelo que faz, então você não ajuda, mas vende um serviço. E quando você não está afim de ajudar ninguém, como é que faz? E repito: se você recebe por isso, então não é ajuda.
E mais: se você sente que sua profissão é importante para a sociedade é porque ela realmente é! Caso contrário, ela nem existiria mais. Você ainda conhece algum técnico de máquinas de escrever?
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Acabou meu horário de expediente! Tchau galera!
Beijos! 
Vou lá viver de verdade até as 8 horas de amanhã! 


3 comentários:

  1. “O homem que trabalha perde tempo precioso'' é exatamente o lema que
    flutua, em espanhol, no computador do Professor Domenico De Masi.
    Ass.: Milena Greff

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